sábado, 30 de maio de 2009

Foi um sim assim:

Amigas me convidaram para dar um olhar sobre algo já iniciado, mas que estaria totalmente aberto a novas propostas. Me empolguei de cara, pois era um texto da Marina.
Recebi primeiro o convite da Marina e logo me propus a conversar com todas as pessoas que estivessem no projeto. O primeiro encontro foi com a Marina e a Quel, um café com sorrissos, pois aceitei o desafio de dirigir depois de tanto tempo. Me passaram todo o material escrito, o texto e dois cadernos: um da atriz e outro da personagem. Nessa conversa me contaram tudo que havia ocorrido durante todo o processo, as escolhas da direção e da arte. Fui pra casa com aquele turbilhão de informações e sentei imediatamente para ler o texto, confesso que precisei anular tudo o que havia ouvido naquele café, pois logo que terminei de ler o texto original, eu visualizei algo completamente diferente. Bom, bom, bom .., eu precisava dizer que eu queria mudar tudo!!!!!
Marcamos um novo encontro e neste estava Ma, Quel, Meire e eu. Como de costume, arregalei os olhos e desatei a falar sobre as minhas impressões, sobre onde eu acreditava que processo havia flutuado e como recomeça-lo. Ouvi todos os argumentos que reforçavam a idéia anteior, mas não sei, algo não batia com os cadernos que eu havia lido.
Não é fácil você propor o novo em algo já começado. Já havia trabalho ali, pessoas e seus sentimentos. Trabalhar com amigos requer um certo grau de distanciamento quando o que se quer realmente é pensar no trabalho, no processo e, nesse caso, na atriz. Foi o que fiz. Nesse encontro foi café, sorrissos e uma frase recorrente: "Não sei, eu pensei diferente"!!

Enfim, após esse episódio, decidimos coletivamente que abarcaríamos a minha idéia, ou melhor, a minha visão sobre aquela história que vamos contar e desse encontro, agendamos um pequeno cronograma onde 21/05/2008 seria nosso novo primeiro encontro.

Fui pra casa e passei dias elaborando o trabalho com a Quel, eu achei muito material naqueles cadernos que nortearam para onde eu deveria ir, mas também o que não fazer para desnorteá-la!!! Mas vamos deixar o relato desse reinicio para depois, em breve retorno.

Beijos
Lu


sexta-feira, 29 de maio de 2009

O começo do recomeço.

Com o término da temporada da peça infantil, a vida da gente foi voltando ao "normal"...
A Marina começou os preparativos pra ir pro Rio, o Eder pra Nova Zelândia, a Meire tocou seus projetos e eu tirei férias.

Eu e Marina sentamos pra conversar e tentar descobrir o que íamos fazer com a "vizinha". "Vizinha"é o jeito que a gente chamava o trabalho. Eu não queria desistir, apesar do medo, apesar de achar que eu deveria fazer uma peça com mais gente (hehe), apesar de, apesar de, apesar de....

Decidimos que, como a Marina ia pro Rio, a primeira coisa a fazer era chamar outra pessoa pra entrar na direção geral. Alguém que aceitasse entrar num processo que já tinha começado, que já tinha uma história. Alguém que a Marina confiasse e que eu acreditasse.
Surgiram alguns nomes, mas um deles ficou. Luciana Holanda.
Marina ficou de falar com a Lú e eu fiquei feliz, ansiosa e com um frio na barriga. "Ela deve ser uma diretora bem braba....", pensei.

E ela disse sim.
Cegou cheeeeeeeeia de idéias, com uma energia novinha em folha, que respingou em todo mundo. Impossível não se animar...

Era o começo do recomeço.
Mas a gente mal sabia que ainda ia demorar um pouco pra coisa engatar....


(postado por Raquel)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

agregados, inseguranças e reticências.


Muiiiita coisa aconteceu.....

Em seguida ganhamos dois agregados: Meire e Eder.
Meire fazia a preparação corporal e vocal da atriz e também a direção de arte. Eder era como um assistente geral, dava sugestões, opiniões, exercícios, etc.

Os encontros eram no Teatro Armação. Duas noites na semana, a gente se deslocava com os pedaços de figurino e cenário improvisados e ia pra lá.
Aí uma "curiosidade".... a atriz chegava mais cedo pra começar a se aquecer e volta e meia ouvia uns barulhos, uns ruídos esquisitos. No fundo ela sabia que era tudo psicológico.... culpa das histórias que a gente escuta por aí... mas mesmo assim, ela começou a sentir medo de ficar lá sozinha.... De vez em quando a diretora chegava e a atriz estava lá fora, esperando companhia pra adentrar o espaço. Ainda bem que elas, eram acima de tudo, amigas.

Os ensaios foram seguindo seu curso. Em meio a eles, inúmeras crises de insegurança da atriz, discussões entre os três “diretores”, opiniões divergentes, e tudo isso que SEMPRE acontece nos processos de montagem de uma peça.
Bom, não vou contar detalhes nem me prolongar nessas histórias, por que - apesar de elas renderem bons posts - , tem coisas que é melhor ficar só entre as quatro paredes do teatro e as pessoas que lá estiveram.... hehehe.

Foi um processo de muito aprendizado pra todos os envolvidos, tenho certeza. Ô....
Mas o ano terminou e a peça ainda não estava pronta pra se mostrar, e a atriz muito menos.

Paralelo a isso, captamos grana pra viajar com uma peça infantil, outro projeto beeeeem antigo que finalmente iria sair do papel. Notícia bem boa pra nós. No entanto, Raquel pensou que novamente iria ter no currículo um projeto com começo, meio e sem fim.....

Pensou, só pensou.

(...)

quarta-feira, 13 de maio de 2009

start.

Tudo começou em 2007, com duas amigas- atrizes querendo trabalhar. Juntas.
No entando, a provável ida de uma delas pra outra cidade, não "permitia" que elas atuassem juntas, pois o projeto poderia ficar pela metade... e disso, uma delas tinha calafrios de tantas experiências com começo, um meio esquisto e uma eterna reticência...

Marina então propôs: um monólogo. Você atua e eu escrevo e dirijo.
Raquel ficou branca.


Raquel tinha um monólogo que escreveu na época da faculdade, chamado "REC" e Marina tinha um começo de monólogo que escreveu numa de suas inspirações diárias.
Os dois textos falavam sobre o mesmo tema, parecia até que a personagem era a mesma.

Pronto, vamos unir as duas idéias e criar outro.
Então, a partir desses dois texto, seguidos de improvisações teatrais, conversas, cafés e, claro, do fundo da cabeça fértil da Marina, nasceu o texto teatral:
Eu. Você. Minha Vizinha. A Mãe.


E aí mais gente se agregou e muiiiiiiiiiiiiiiiiita coisa aconteceu....
Mas isso é história pra um próximo post...